Retábulo de São Bartolomeu
Em talha pontualmente dourada e totalmente policromada, apresenta muitas adulterações face ao retábulo original que devia obedecer a critérios específicos tendo em conta o altar das Almas, defronte.
Terá sido consagrado a 28 de junho de 1721 pela Confraria de São Crispim e São Crispiniano e cujo entalhador contratado foi João Tomás, o Moço, por 90$600 réis. Os santos que dele faziam parte encontram-se hoje na Igreja de São Paulo da mesma cidade (São Crispim e São Crispiniano). Ao centro um nicho com a imagem de São Bartolomeu mártir que segura na mão direita a faca e na esquerda o livro. Ladeando-o, duas mísulas que sustentam as figuras de São Gonçalo de Lagos (direita) e São Expedito (esquerda). No entablamento possui cartela com simbologia evocatória ao Santo Bartolomeu. A mesa de altar é em forma de urna, policromada a fingir marmoreados e é posterior ao retábulo (séc. XIX).
Primitivamente terá ocupado o local o "retábulo dos Mártires", segundo as visitações das igrejas algarvias de 1554. Peça composta por mesa de altar e sobre ela a primitiva sepultura dos Mártires dos 7 Cavaleiros da Ordem de Santiago, encimada por Santiago a Cavalo, São Pedro e Santo António.